Contextualização
Os territórios colonizados por Portugal no continente africano, nomeadamente Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe (PALOP), celebram em 2025 o jubileu dos 50 anos das independências nacionais (1975-2025). Foram independências tardias e, mesmo assim, por via de guerrilhas nacionalistas prolongadas, quando se considera a maioria dos territórios colonizados de África que conquistaram até ao fim da década de 1960 suas independências e constituíram-se em Estados nacionais.
As independências dos PALOP, a despeito da obstinação do governo imperial português e à contrapelo da história descolonial da época, fizeram jus à nova ordem mundial anunciada pelo teor do Artigo 73, da Carta da ONU (1945) 1 , e à resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral da ONU, de 14 Dezembro de 1960, que declarou o direito consagrado de “todos os povos à auto-determinação” 2 .
Em retrospectiva à história do processo descolonial e dos 50 anos das independências nacionais destes países africanos, a Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), através da Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia, vai realizar em Maputo, nos dias 19 e 20 de Junho de 2025, a Conferência Internacional Moçambique e as Independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (1975-2025): os tempos e as utopias. A conferência contará com a participação de prestigiados académicos e autores reconhecidos pela sua contribuição na historiografia da descolonização dos PALOP, bem como com os testemunhos de actores políticos africanos do processo decisivo das independências destes países.
Neste contexto, a UP-Maputo lança a chamada para inscrições e submissão de resumos e artigos de académicos dedicados no estudo e publicação científica da história contemporânea de Moçambique, sobretudo da sua contribuição para a descolonização portuguesa em África.
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